sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Encontro reúne referências do setor da beleza

Tecnologia de ponta, adesão do público masculino aos cosméticos, desenvolvimento de linhas específicas para o público teen, incremento da renda das classes C, D e E, e aumento da expectativa de vida são, entre outros fatores, motivos pelos quais o Brasil alcançou a terceira posição no ranking de industrialização e consumo de cosméticos no mundo. Atrás apenas do do Japão e do dos Estados Unidos, o faturamento da indústria brasileira passou de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 24,9 bilhões em 2009, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), divulgada em abril deste ano.À margem do desenvolvimento do setor, e sobre o sólido alicerce da vaidade humana, acontece, de 28 a 31 de agosto, na cidade de São Paulo, a 6ª edição da Beauty Fair –Feira Internacional de Cosméticos e Beleza. Com cinco áreas específicas —cabelos, estética, manicure, maquilagem e negócios—, o evento, que ocupará cerca de 76 mil metros quadrados do Expo Center Norte, espera receber mais de 100 mil profissionais do setor para apresentar os lançamentos de aproximadamente 900 marcas. “Cada expositor deve exibir ao menos um novo produto. Eles se preparam para isso”, afirma Luciane Beltran, diretora-geral da feira.
Com a expectativa de gerar, nos quatro dias, cerca de R$ 305 milhões, a terceira maior feira do setor no mundo —atrás apenas da Cosmoprof Bologna (Itália) e da Cosmoprof Xangai (China)— “é a mais completa de todas as edições”, relata Luciane.
Atrações
Além dos lançamentos previstos, o evento contará com aproximadamente 50 atividades complementares simultâneas, entre elas, os workshops com temas relacionados a negócios, estética, coloração corretiva, cabelos crespos, tendências dos cortes.
O evento terá, ainda, entre outras atrações, o 1º Seminário em Gestão de Beleza e Negócios; Show Internacional com o  hairstylist Antony Mascolo, um dos mais consagrados cabeleireiros do mundo; lançamento da coleção de primavera-verão de 2010/2011 da Alfa Parf; Beauty Fair Summer Collection, com tendências de moda e beleza; 3ª Jornada Técnica Latino-Americana de Massoterapia e 3º Simpósio Latino-Americano de Podologia; 1º Congresso de Maquiagem Beauty Fair, com participação de nomes como Duda Molinos, Daniel Hernandez e Vanessa Rozan; e 5º Congresso de Manicures, com a presença do consultor de estilo do programa “Esquadrão da Moda”, do SBT, Arlindo Grund. Destaque da programação, a estreante Área de Spa e Wellness é voltada ao empreendedorismo em clínicas e spas. “Além da presença do mercado nacional, contaremos com  visibilidade internacional”, conclui Luciane.
Expectativas
A Beauty Fair é muito positiva, afirma o doutor Omar Lupi, dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). “É uma oportunidade de trazer novidades ao mercado, especialmente para atualização de esteticistas, podólogos, e outros profissionais do setor”, afirma Lupi. Para Jadir Nunes, bioquímico, vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), e um dos palestrantes do 5º Congresso Científico Latino-Americano de Estética, que contará com a participação do cirurgião plástico  Robert Rey (Dr. Hollywood), as expectativas para o evento “são as melhores”. Segundo ele, existe uma atenção especial em relação à qualificação: “As esteticistas, por exemplo, são muito importantes no processo pré e pós-cirúrgico. É preciso mostrar a necessidade deste grupo no setor”.
Nunes, que reafirma os dados divulgados pela Abihpec, aponta a que a preocupação com o antienvelhecimento é um dos principais fatores para garantir a posição do Brasil no ranking de consumo de cosméticos. “Antes se pensava em produtos para pessoas de 50 anos, agora  pensa-se em produtos para o público de até 90 anos. A vaidade brasileira não tem idade.” Para ele, uma das apostas do setor nesta edição são os produtos elaborados sob os conceitos do uso de células-tronco vegetais e os produtos sustentáveis.
As previsões de Nunes se confirmam por meio dos lançamentos das empresas, como no caso da marca Kapeh, que desenvolve seus produtos de beleza a partir do extrato de café. A empresa, presente em 15 estados brasileiros, sob o comando da empreendedora Vanessa Vilela, participa da feira pela segunda vez e tem o objetivo de expandir sua área de atuação. “É uma feira muito importante, gera visibilidade e é uma excelente oportunidade de fazer novos negócios”, afirma Vanessa.
Foto: Divulgação

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bienal do Livro conta com vasta opção de temas

Por meio de ações interativas, a Bienal abordará os temas Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Lusofonia e Livro Digital
A  “21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo – Ponto de Encontro da Cultura e do Lazer” é  evento de destaque na capital paulista até o próximo dia 22 de agosto, com uma longa e variada programação que promete contribuir muito para “espalhar”, no sentido literário da palavra, o conhecimento pela cidade. Com um rol de atividades que não se limitarão aos 60 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi, o público, estimado em mais de 700 mil visitantes, contará com uma agenda que terá Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Lusofonia e Livro Digital como temas norteadores do movimento.
Com investimento de R$ 30 milhões — R$ 8 milhões a mais do que a edição de 2008 —,  a feira terá a participação de 350 expositores, que devem comercializar cerca de 2,2 milhões de exemplares de 220 mil diferentes títulos, além de lançar 4,2 mil obras. O evento ainda oferecerá ao público uma gama de atrações culturais que pretende atingir leitores de todas as faixas etárias, opções literárias e necessidades intelectuais com um total de 1,1 mil horas de atividades.
Destaques
Além do tradicional “Salão de Ideias”, as novidades “Cozinhando com Palavras”, “Território Livre” e “O Livro é uma viagem” são alguns dos destaques que fazem desta edição  a “mais extensa, diversificada e representativa de sua história”, diz a organização da feira. “O trabalho foi concentrado em mudar a perspectiva da Bienal para atender públicos distintos, sem descaracterizar o evento”, afirma Augusto Massi, integrante do conselho de curadores do evento.
Convite
Criatividade é algo que não falta na Bienal do Livro, e nesta edição não poderia ser diferente. Os personagens Cinderela, Sherlock Holmes, Dom Quixote e Robin Hood são os porta-vozes que convidarão o público a visitar a feira. Em passeios por ruas paulistanas, será possível esbarrar com qualquer um deles pelo caminho. Homens carregando pilhas de livros em meio à multidão, ou exemplares esquecidos em pontos estratégicos da cidade também são ações interativas que lembrarão o público do acontecimento na capital paulista.
Programação
Sob  curadoria dos jornalistas Manuel da Costa Pinto e Alexandre Agabiti Fernandez, no “Salão de Ideias”, o visitante poderá conferir, em 40 mesas ao longo do evento, desde debates sobre assuntos enigmáticos, como o personagem Zé do Caixão e o vampirismo em obras de ficção brasileira, até homenagens ao centenário de nascimento dos sambistas Noel Rosa e Adoniran Barbosa, passando por discussões sobre literatura infanto-juvenil, história, poesia e fábula, entre outros.
 “O conceito geral é resgatar e recuperar a discussão de assuntos culturais sobre literatura e produção cultural contemporânea, levando em consideração os quatro temas”, afirma Costa Pinto. Uma das novidades da Bienal 2010 é o espaço “Cozinhando com Palavras”. Nele, profissionais do setor, chefs de cozinha e críticos de gastronomia, entre outros, discutirão a valorização da arte de cozinhar reproduzida em obras literárias. O ponto de relevo  desta ação fica por conta do envolvimento de 15 restaurantes paulistanos que participarão do Sarau Literário. Nomes como Jorge Amado, Vinicius de Moraes, Eça de Queiroz e Pablo Neruda, entre outros, serão homenageados com pratos especiais, servidos por personagens, que farão referências às autorias.
Outra ação estreante no movimento é o “Território Livre”. Voltado especialmente a universitários e pré-universitários, o espaço receberá 45 profissionais, de diversas áreas de atuação, que terão a missão de passar um pouco de suas experiências aos jovens que pretendem seguir carreira igual. Serginho Groismann, Caco Barcellos, Luiz Nassif, Gustavo Borges e  Rafael Cortez  são alguns dos nomes que participarão dos bate-papos. “ Nós escolhemos carreiras glamurosas para mostrar que toda escolha implica  um processo. Procurei dar a dimensão de que qualquer profissão  tem sua função social”, explica Maria Tereza Rangel, curadora do espaço.
Ao público infanto-juvenil, o incentivo será dado por Alice, Emília, Pinóquio e Gato de Botas, entre outros, que apresentarão um trajeto encantador e divertido no espaço “O Livro é uma viagem”, idealizado pelo Instituo Pró-Livro (IPL).  Túnel de livros, labirinto de páginas, recursos audiovisuais e muito mais serão um convite que levará o público infanto-juvenil ao interesse pela leitura. Com  trajeto de 30 minutos, o objetivo é transformar o passeio em uma agradável fonte de descobertas. Os adeptos da tecnologia terão no “Espaço Digital Imprensa Oficial” a oportunidade de manipular um dos 50 equipamentos de e-Readers — livros digitais —, que estarão disponíveis no local, e que estarão entre os protagonistas do evento.
Para Manuel Carlos, a feira é a possibilidade que o público encontra de romper a barreira psicológica daqueles que não se sentem à vontade para frequentar livrarias. “Não é por acaso que pessoas que não têm o hábito de ir a essas lojas visitam a Bienal. Isso desmente a ideia de que o brasileiro não se interessa pela leitura.”
Serviço:
21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo— Pavilhão de Exposições do Anhembi , à Av. Olavo Fontoura, 1.209, em Santana. Informações:  http://www.bienaldolivrosp.com.br/.

Foto: Divulgação

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bixiga começa preparação para Festa de Nossa Senhora Achiropita

Com abertura no próximo sábado (31) e encerramento no dia 29 de agosto, as mammas do tradicional bairro do Bixiga, região central da capital paulista, iniciam a bela tarefa de cozinhar e preparar o saboroso cardápio, composto pelas típicas comidas italianas, para a 84ª edição da Festa de Nossa Senhora Achiropita.
O encanto do evento não se reduz à grandiosidade que entrou para o calendário oficial da cidade de São Paulo com o título de Mais Tradicional Festa Popular Italiana do Brasil. Além de celebrar a chegada dos imigrantes calabreses na região —no século passado—, o gesto tem o objetivo de arrecadar verba para manter as obras assistenciais promovidas no Centro Educacional Dom Orione (C.E.D.O.), sob a administração da Igreja Nossa Senhora Achiropita.
Atrações
Durante cinco fins de semana, o público poderá conferir um pouco da alegria das festas italianas. Na parte externa do evento, serão dispostas 32 barracas — nas Ruas 13 de Maio, São Vicente e Dr. Luiz Barreto—, nas quais os visitantes poderão saborear delícias como fogazza, fricazza, polenta, antepasti, pimentões, beringelas ao forno, macarrão e pizza, dentre outros pratos da clássica culinária italiana, que inclui os típicos doces daquele país europeu. Tudo regado a muito vinho, chope e refrigerante, para todos os gostos.
Destaque é a famosa fogazza, preparada em duas barracas por cerca de 300 pares de mãos, que devem produzir cerca de 12 mil unidades por noite.
Na cantina Madonna Achiropita —parte interna da festa—, os visitantes poderão conferir o “Mesão”, com pratos frios e quentes, além de aproveitar o evento ao som da música italiana, das danças e de sorteios de brindes. Aqueles que não dispensam uma premiação concorrerão a um carro e a um queijo provolone de 100 quilos, com dois metros de comprimento, dois dos prêmios mais cobiçados da festa que nesta edição espera receber 250 mil visitantes.
Assistencial
Render-se à maior festividade religiosa que a cidade possui não é difícil: o evento se torna ainda mais fascinante quando se colocam na balança os resultados da ação. Durante a festa, toda a verba arrecadada é destinada às obras assistenciais promovidas pela Paróquia Nossa Senhora Achiropita.
Atualmente, o C.E.D.O. atende cerca de 450 crianças de 7 a 17 anos, de famílias de baixa renda que residem no bairro. A elas, café da manhã, almoço e lanche são garantidos, além de reforço escolar e diversos cursos profissionalizantes, entre outras atividades.
Outros beneficiados são as 190 crianças de 0 a 4 anos que são atendidas em período integral, com alimentação, pedagogia e recreação; as 220 pessoas, que participam da alfabetização para adultos e os 200 moradores de rua que encontram acolhimento na casa.
Serviço:
84 ª Festa de Nossa Senhora Achiropita — Fins de semana de 31 de julho a 29 de agosto; informações: http://www.achiropita.org.br/

Carla Machado / PanoramaBrasil
Fotos: Paulo Bareta

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) promete agitar São Paulo

Os adeptos, curiosos e experts das ferramentas multimídia e do mundo digital terão a incrível oportunidade de conhecer os projetos inéditos que compõem a 11ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), que acontece entre os dias 27 de julho e 29 de agosto, em São Paulo.
O evento —o maior do gênero no Brasil e na América Latina—, é uma coleção de produções artísticas que estarão à disposição do público, gratuitamente, para exposição, e que proporcionará uma interação do visitante com as peças exibidas.
Nesta edição, o Festival conta com a expansão para o “File Prixlux”, prêmio internacional destinado a criadores da área de linguagem eletrônica e digital, e com o “File Pai”, projeto de arte pública, com obras interativas, que estarão presentes em vários espaços da Avenida Paulista, como Instituto Cervantes, Masp e estações de metrô, entre outros.
Dentre as obras em destaque estão: “Omnibusonia”, de Vanderlei Lucentini, na qual um ônibus transitará pela movimentada Avenida soando harmoniosas canções acionadas pelo GPS, de acordo com o local por onde passará, e a Orquestra do Coração, de Erich Berger & Peter Votava, na qual as partituras variarão de acordo com a pulsação do coração de 12 músicos.
Informações: http://www.file.org.br/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Jornalista lança livro infantil sobre a prática de Bullying

SÃO PAULO — O termo bullying tem ganhado, a cada dia, mais destaque nos noticiários e discussões da sociedade. A palavra que significa hostilidade física ou psicológica provocada de forma intencional e repetidamente, por uma pessoa ou grupo de indivíduos, para amedrontar outra pessoa ou outro grupo, também tem se tornado alvo de estudos de diversos profissionais e instituições que têm o objetivo de diminuir ou, até mesmo, extinguir essa ação entre as crianças e adolescentes, público que mais sofre com a prática.
De acordo com um levantamento realizado no segundo semestre de 2009, pela ONG Plan Brasil, com dados de 5.168 estudantes, das cinco regiões brasileiras, foi constatado que, dos alunos ouvidos, 70% afirmam ter presenciado cenas de violência entre estudantes e 30% dizem ter sofrido agressões. Desse percentual, o bullying foi sofrido ou praticado por 17% dos consultados. A pesquisa ainda aponta que cerca de 12,5% das vítimas são meninos, e cerca de 7% são meninas, e que a maior incidência acontece na passagem do período de infância para adolescência, entre 11 e 15 anos.
A margem das pesquisas, profissionais de diversos segmentos trabalham no intuito de combater tal ação. É o caso da jornalista Cleisla Garcia, que lança nesta quinta-feira (22), na Saraiva Megastore Higienópolis, em São Paulo, o livro infantil intitulado “A Maria-Fedida que queria ser joaninha” e que aborda, por meio de fábula, a questão do bullying de maneira lúdica e inocente. “A ideia é fazer um trabalho de formação com as histórias. A criança vai começar a identificar a agressão, perceber que está sendo agredido e se defender”, explica a autora da obra.
Cleisla afirma que é importante o tema ser proposto às crianças, mesmo que de forma divertida, para evitar qualquer tipo de exclusão, seja social, econômica ou cultural. “Na fase inicial do bullying os pais não sabem o que está acontecendo. Até que ele seja percebido, a criança já sofreu muito. Algo que estimula a evasão escolar, por exemplo”, afirma a escritora que também alerta para o cyber-bullying — aquele praticado pela internet. “As informações são mais rápidas, ostensivas e oculta. Desta forma, os números ganham maior proporção”, relata.
A autora adianta que este é o primeiro de uma série de livros para tratar sobre os diversos tipos de exclusão. A próxima obra, que abordará a questão da deficiência visual, e será desenvolvida em braile, tem previsão de lançamento para dezembro de 2010. "Queremos tratar todas as formas de diferenças" afirma a escritora que tentará mostrar em seu trabalho que ser criança, por vezes, pode ser também cruel. "A leitura infantil é muito difícil, tudo precisa ser subliminar. O que elas [crianças] perceberão é a dor de fazer a outra sofrer", explica.
Para ela, é "preciso criar a sementinha da solidariedade ainda cedo, para que a criança perceba que brincadeiras até são normais, mas zombarias em excessos magoam". Segundo a jornalista, a obra é indicada para crianças de até oito anos de idade, mas como o assunto é tratado com profundidade, além de ter belas ilustrações, se torna um atrativo interessante que atinge crianças maiores - com até 12 anos de idade.
Serviço:
Lançamento - Livro infantil "A Maria-Fedida que queria ser joaninha". Autora: Cleisla Garcia. Editora: Cittá. Preço: R$ 25,00

Fotos: Divulgação

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Espetáculo Slava"s Snowshow retorna ao Brasil

SÃO PAULO - Um cenário formado por simples composições como bolhas de sabão, papeis picados, bolas gigantes e gelo seco, acompanhados de uma trilha sonora envolvente, e um jogo de luzes que impressiona. Assim se apresentam, pela segunda vez no Brasil, a trupe de palhaços russos, da companhia Slava's, no espetáculo "Snowshow", que ficará em cartaz no Citibank Hall, até dia 29 de julho.
Os artistas, sob o comando de Slava Polunin - considerado o palhaço mais importante do mundo - encantam com técnicas tradicionais e contemporâneas da arte circense, e provocam sensações, no público, que oscilam da comoção aos risos.
O espetáculo, que nasceu na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mostra por meio da atuação dos "palhaços melancólicos", o comportamento do ser humano em relação aos seus sentimentos, especialmente com a tristeza. Visto por cerca de 3 milhões de pessoas, em 35 países, o show é produzido para encantar e divertir adultos e crianças.
Serviço:
Slava's Snowshow. Citibank Hall; Avenida dos Jamaris, 213 - Moema - São Paulo - SP. De 14 a 18 de julho, 21 a 25 de julho e 27 a 29 de julho. De terça a quinta, às 21h30, sextas, às 22h, sábados, às 17h e 22 h, domingos, às 16h e 20h. Ingressos: De R$ 90 a R$ 170.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Arquiteta atua no ecletismo da sustentabilidade

Escolher a profissão certa, acreditar no que trabalha e se dedicar ao que se propõem, são algumas das razões do sucesso da arquiteta e urbanista Fernanda Marques, recentemente premiada com o prêmio “Projeto Mais Sustentável”, promovido pela Casa Cor São Paulo 2010.
Em entrevista ao Shopping News na tarde do último dia 1º de julho, Fernanda nos recebeu com sua beleza e simpatia, em seu “Loft Sustentável”, projeto arquitetado para o evento realizado no Jockey Club de São Paulo.
Formada em 1988 pela Universidade de São Paulo (USP), Fernanda afirma que no início tinha algumas incertezas sobre a profissão, pois em sua família ainda não havia nenhum arquiteto em quem pudesse espelhar-se, o que tornava a realidade um pouco distante de seu dia-a-dia. Mas acrescentou que se encantava em poder trabalhar com espaços.
“Tenho um senso estético apurado”, diz a arquiteta, conhecida por ter um estilo contemporâneo, clean e intimista, e que em 20 anos de carreira coleciona em seu portfólio a conquista de diversos prêmios, como “Espaço D 2002” e “Casa Boa Mesa 2009”, além de fazer parte da administração das empresas Fernanda Marques Arquitetos Associados e a sua nova paixão, o Smart Décor — há mais de um ano no mercado —, ao qual Fernanda define como um novo conceito de democratização da arquitetura e da decoração, com possibilidade oferecer aos projetos menores uma forma mais acessível de aquisição e financiamento por parte de seus clientes.
A arquiteta, muito preocupada com a aparência de seu projeto exposto, respondeu diversas perguntas sobre sua carreira profissional e falou sobre sua visão do evento Casa Cor e sustentabilidade enquanto, por vezes, atentava a pequenos detalhes, como a banqueta, desarrumada, ou pó sobre a mesa. E se demora a chegar alguém responsável pela tarefa, Fernanda não titubeia: com um sorriso estampado no rosto, entre uma pose e outra para a sessão fotográfica de nosso semanário, ela se põe a executar a tarefa com “a mão na massa”.
“O segredo do sucesso resulta da minha convicção em acreditar no que faço”, diz Fernanda, que para o futuro, entre outros projetos, trabalha na exposição a ser apresentada em 2011 no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), na qual serão mostradas peças desenvolvidas em aço inox, a exemplo da prateleira utilizada em seu espaço. Acompanhe os principais momentos do bate-papo.
Como foi o seu ingresso na arquitetura?
Quando temos idade para fazer escolhas profissionais, tudo é muito incerto, mas me encantava a ideia de poder mexer com espaços. Fui me informar sobre a profissão e ingressei na faculdade, e logo percebi que havia sido uma ótima escolha. Depois disso, nunca me passou pela cabeça fazer alguma mudança.
Muito se fala em qualidade de vida. Qual seria a relação deste tema com a arquitetura e a decoração?
A arquitetura e a decoração interferem muito porque elas estão presentes nas diversas situações de nosso dia a dia: o local onde você mora ou trabalha, se a cidade em que você habita é planejada ou não. Do consultório dentário ao salão de beleza frequentado, enfim, elas revestem nossas atividades, portanto, não há como negá-las.
O projeto de sua residência é assinado por você? Comente a decoração desse imóvel, que, segundo consta, é repleto de obras de arte.
Sim. O projeto da minha casa leva minha assinatura. Tanto a parte de arquitetura quanto a de interiores. Foi um projeto difícil, que segue minha linha contemporânea, em que utilizo materiais naturais, como madeira, mármore, e muita iluminação natural. Muitos traços do que apresento na Casa Cor estão presentes na minha residência e em outros projetos de minha autoria. E isso acontece porque são questões que eu realmente acredito ser importante estarem presentes na elaboração de um bom projeto.
Onde busca inspiração para a concretização de um novo projeto?
A inspiração não vem de algo único: ela é o somatório de informações que se sedimentam em nós através de leituras, de vivências, de viagens, da troca de ideias. Tudo isso se transforma em um projeto. Então não é algo pontual, mas algo que sempre se modifica.
Como aconteceu sua entrada na Casa Cor?
Na época em que concluí meu curso, sonhava em participar daquele grupo de profissionais que participavam da mostra. Quando desenvolvi meu projeto e passei pela avaliação do júri, foi como um atestado que me incluiu naquela gama de grandes nomes da arquitetura. De fato, era a realização de um sonho.
Na sua opinião, qual é o significado da mostra Casa Cor para o setor de arquitetura e decoração?
Trata-se do lugar onde estão os profissionais renomados. É uma vitrine que democratizou a arquitetura e a decoração. Hoje, na mostra, há projetos para todos os gostos: não importa se é para um apartamento de 70 ou de 700 metros, há profissionais para atender a todos. E também o público procura por isso.
Como a mostra interfere na vida dos visitantes e dos profissionais participantes?
É sempre positivo. Como falei, é a vitrine que temos para expor nossos trabalhos e mostrarmos tendências. Onde você não tem um cliente necessariamente, você está ali para mostrar em que acredita de verdade. Ali é você com você.
Nessa vertente da democratização, você criou uma empresa que financia projetos. Como funciona essa empresa?
Trata-se da Smart Décor, com um ano e meio de mercado, que é voltada às pessoas que precisam de um projeto de orçamento menor. Nela, o cliente tem o preço fechado, pois não cobramos o valor do projeto, e o pagamento pode ser parcelado. É também uma forma de contribuir para democratizar ainda mais a arquitetura e torná-la acessível.
Quando participa da Casa Cor, como administra o tempo disponível para seus clientes? Existe uma interrupção de atendimentos?
Não. Nós não podemos parar, e nem quero que pare. A minha empresa é organizada de tal modo que, haja Casa Cor ou não, ou mesmo diante de qualquer imprevisto que aconteça, o escritório funcione perfeitamente. Todos os prazos são cumpridos, pois as equipes são extremamente treinadas, com profissionais gabaritados e competentes. Um projeto nunca interfere no outro.
Seu estilo contemporâneo, clean e minimalista, caiu no gosto do público. Qual é o segredo do sucesso?
Acho que a aceitação vem de minha convicção, do fato de eu acreditar no que faço, da forma como estava fazendo, das premissas que usei. Porque não foi, assim, um amor imediato. Acho que essa arquitetura contemporânea, mais limpa, agrada às pessoas, mas quando comecei a trabalhar não era algo que a maioria das pessoas aceitasse. Mas eu realmente acredito no que faço, e não estou a fim de seguir modismos ou tendências: acho que este é o segredo do sucesso, essa verdade que emana dos projetos.
Qual foi o conceito para a criação do “Loft Sustentável”, montado para a Casa Cor 2010?
A premissa básica foi partir da questão da sustentabilidade. Usar materiais que as pessoas não desconhecem, porém, não sabem que são recicláveis, e não sabem o “lado verde” que esses materiais têm. Procurei reforçar a ideia de que tantos itens estão em nosso cotidiano e que podemos usá-los e aproveitá-los, e de forma diferente pois podem ser reciclados e transformados. Tais materiais, como o aço inoxidável, os vidros e as madeiras de demolição, possuem um enorme apelo ecológico.
Qual é a importância da natureza nos projetos arquitetônicos?
Em meu projeto, por exemplo, mostro que não precisamos ser apenas vizinhos da natureza. Antigamente as casas eram muito fechadas, por vezes ficavam de costas para o seu jardim. Depois passaram por um processo no qual as áreas sociais passaram a ver e valorizar seu jardim como forma de contemplação. No “Loft Sustentável” quero mostrar que não se trata apenas de contemplação, mas de uma simbiose da arquitetura com a área externa.
Você trabalhou com materiais de texturas e temperaturas diferentes como aço inox e madeira. Qual é a proposta desse mix?
Essa mistura de temperaturas e cores quentes com elementos frios é uma das características de meu trabalho. Meus projetos não são repletos de cor, mas são inundados por diversas texturas e tonalidades de luz. Acredito que um bom projeto de iluminação valoriza em demasiado a decoração e a arquitetura com seu jogo de luz e sombra e com os seus efeitos.
E quanto à mistura do rústico com a tecnologia de ponta?
Quando opto por esta mistura, não significa que queira fazer uma volta ao passado. Estou no século XXI, faço uso de tudo o que este momento nos oferece em termos de tecnologia e conforto, mas não abro mão dos vários materiais que podem ser reaproveitados e que conferem elegância ao ambiente.
Por que é tão importante o uso de materiais sustentáveis nos projetos arquitetônicos?
Agridem menos o meio ambiente. Como arquiteta, avalio que é meu dever apresentar materiais que sejam ambientalmente corretos, que possam ser reciclados e que agridam menos o meio ambiente.
Na sua opinião, a preocupação com a sustentabilidade ambiental veio para ficar ou é apenas um modismo que logo acabará?
Acredito que veio para ficar. A diminuição dos recursos energéticos é eminente e temos de buscar soluções. A diminuição dos recursos energéticos disponíveis nos deu um alerta, foi um catalisador para que parássemos para pensar em todas as novas possibilidades, tanto em novas fontes energéticas como em fazer melhor uso dos recursos do planeta. Acredito buscarmos melhorias e aperfeiçoamentos que faz parte.
Qual o significado do recebimento deste prêmio de projeto mais sustentável?
Como eu vim com a intenção de mostrar esta importância, esse reconhecimento não poderia ter sido melhor. Desenvolvemos esse trabalho focado em mostrar ao público como é possível fazer um projeto sustentável sem que ele tenha cara de casinha de madeira ou de algo extremamente rústico, porque uma coisa independe da outra. Com o conjunto formado por tecnologia, materiais recicláveis e uso adequado de iluminação, pode-se chegar a uma decoração bonita, elegante e atual.
Você trabalha em parceria com construtoras. Na sua opinião, este setor aderiu ao conceito da sustentabilidade ou ainda está engatinhando?
Ele começou a aderir. Hoje fazer uma construção 100% sustentável ainda impacta 30% no valor dessa construção, o que é um percentual razoável. Mas no momento em que todos passarem a caminhar nessa direção a gama de produtos ofertados com essa característica será maior, e com isso os preços tenderão a cair. Acredito estarmos no caminho certo.
Seus clientes optam por este conceito ou você ainda precisa sugerir projetos mais sustentáveis para eles?
Eu sugiro e eles têm uma aceitação excelente. Acredito que esse é o meu papel. Eles estão ali para me escutar no que diz respeito a arquitetura e decoração, por isso sugiro. Mas, a maioria dos meus clientes recebe a questão com a maior facilidade porque eles praticam isso de alguma forma em sua vida, seja na reciclagem de lixo ou na economia de água e de luz. Acredito que as pessoas de bem estão conscientizadas.
Ao longo destes 20 anos de profissão, quais os projetos que você destaca?
Ao longo de 20 anos, o número de projetos executados foi enorme. Ainda bem [brinca]. É um portfólio vasto. No final do ano passado lancei um livro que traz uma coletânea dos melhores trabalhos projetados por mim. Na ocasião fui obrigada a fazer uma análise de quais projetos estariam presentes no livro. Até o presente momento, eu tenho neste livro uma série de trabalhos que mais se destacaram nestas duas décadas de dedicação à arquitetura.
E os projetos da Fernanda para o futuro?
Estou trabalhando em uma exposição com estreia prevista para abril de 2011. Vai ser no MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), e nela serão apresentadas as diversas formas de utilização do aço inoxidável. Temos vários protótipos prontos para serem aprovados. Um deles é a prateleira presente no projeto da Casa Cor que foi capa de jornais e revistas e cuja aceitação adorei porque percebi que estou no caminho certo. Dentre os outros planos, está retomar minha revista, a “306ºC”, e continuar tocando meus projetos, porque sem sombra de dúvida esta é minha vida.
Quais as dicas para os profissionais que começam a ingressar no mercado da arquitetura?
Invista na carreira, estude, informe-se e pesquise bastante sobre a profissão. Seja perseverante, pois muitas vezes as coisas levam um tempo para acontecer. Acredite no que faz. E principalmente descubra os potenciais daquilo em que acredita.

Fotos: Ricardo Cassin / Divulgação

Luxo da Casa Cor à venda na Gabriel Monteiro da Silva

A edição 2010 da Casa Cor, que apresenta como um dos motes principais a sustentabilidade, chega ao seu fim no próximo dia 18 de julho. Com isso o evento põe à venda as peças expostas pelos arquitetos com até 70% de desconto. A disputa pelos objetos é grande, e nem todos têm a oportunidade de adquiri-los. Por isso o Shopping News visitou a meca da decoração, a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, na zona sul de São Paulo, para sugerir algumas boas dicas de compras com marcas que estiveram presentes no evento e que começam a se adequar à questão sustentável.


Lojas
Ao chegar no início da alameda, no número 276, o público encontra a loja Raízes Design, especializada em móveis fabricados com madeira de demolição e de reflorestamento. Dentre os itens que fazem parte do catálogo da marca, na maioria desenvolvidos com a nobreza da peroba-rosa, estão a poltrona giratória Arapuã, por R$ 3.200, a moldura de espelho Austrália, por R$ 3.400, e a requintada cômoda Quebec, por R$ 4.800. Destaque na loja: a receptividade da proprietária Cyntia Marzola, que sempre convida seus clientes a tomar um café.
No número 286, o espaço é da Armazém Móveis, que também trabalha com designer próprio, e reutiliza diversos materiais de construção. Entre os produtos que merecem destaque, está a mesa de jantar com estrutura em peroba-rosa, que, combinada aos belos azulejos hidráulicos do centro, proporciona um encanto com ar interiorano; o valor é R$ 3.800.
A Safira Sedas fica no 348 da luxuosa via. No estabelecimento, o cliente tem uma gama de tecidos desenvolvidos com seda. A exemplo do Nácar (43% de seda e 57% de linho), por R$ 248 o metro, o Natureza (31% seda e 69% linho), por R$ 640 o metro, e o Nara (23% seda e 77% linho), por R$ 680 o metro.

Aos que procuram banheiros mais sustentáveis, a dica é a Linha Tempo da loja Interbagno, localizada no número 770. A coleção, ecologicamente correta, é composta por lavatório, cachepô e banqueta, fabricada com antigas cruzetas de postes de energia que têm no mínimo 30 anos. O conjunto custa R$ 4.715,75.
Para uma decoração mais exótica, a Bali Express é uma excelente opção. A loja, localizada no número 863, possui entre as peças a Chaise Noa, com estrutura em fibra de bananeira e pés de aço inox, por R$ 1.993, e a poltrona Thai, originária da Tailândia, desenvolvida em teak wood e algodão, que custa R$ 2.480.
Para enxovais, a Trousseau possui peças feitas com algodão 100% orgânico. Entre os itens da Green Collection da marca está o jogo de lençol Ghana, de tecido italiano e acabamento em 500 fios, o preço é R$ 1.783,00 (fronha king), e a loja fica no número 912.
Os móveis sob medida e com o selo do Forest Stewardship Council da Ornare, que também encantaram em ambientes como o “SPA Deca”, da arquiteta Patrícia Anastassiadis, podem ser encontrados no número 1.101. Entre os itens do catálogo, o público conta com a sala de banho Manhattan, no valor de R$ 50.557,60.
Aos que querem pisar no macio sem descuidar do meio ambiente, a By Kamy, localizada no número 1.296, oferece tapetes sustentáveis como o exposto no ambiente criado por Ugo di Pace, a exemplo do “Nepal Banana Silk”, feito de 100% seda de bananeira, que custa R$ 1.500 por metro quadrado.
Se a opção é ter uma peça exclusiva, fabricada quase que inteiramente pela natureza, a sugestão são os itens de design da Tora Brasil, que também possui o selo do Forest Stewardship Council e é especializada em lapidar os troncos de árvores extraídos das florestas com responsabilidade ambiental. Os produtos, que são desenvolvidos em pequiá, pau-santo e ipê, entre outros, custam de R$ 800 a R$ 8.000 e com certeza não existe uma peça igual a outra.
Ao falar de sustentabilidade ambiental, não se pode esquecer da economia de energia elétrica, um dos conceitos que mais tem se desenvolvido na sociedade. Aos que apoiam a ideia, a Dominici, que possui uma loja no número 1.768, tem, entre outras peças, a luxuosa luminária Tizio LED, originalmente desenvolvida em 1972 e que recentemente ganhou a versão com fonte luminosa, com alta eficiência energética e baixa emissão de calor. O preço da peça é de R$ 3.657.
Alessandra Gardezani / Carla Machado
Fotos: Divulgação

Profissionais avaliam evento de arquitetura


Em destaque, ambiente “Casa do Mirante”, projetado pela arquiteta Débora Aguiar e elogiado por colegas do segmento Ao fim de mais uma edição da maior mostra de design de interiores da América Latina — Casa Cor São Paulo —, cujo encerramento foi adiado para o próximo dia 18 de julho, vem o momento de fazer um balanço de sua representatividade no setor da arquitetura, da decoração e do paisagismo.
Em busca de saber os resultados, o Shopping News consultou profissionais que estiveram diretamente envolvidos no evento, e também aqueles que, desta vez, ficaram na plateia, para saber quais eram suas expectativas sobre a “referência” brasileira arquitetônica deste ano e com quais fatos se depararam na realidade.
A cada montagem, o evento se supera em número de participantes, de temas e principalmente de público. Nesta edição, que teve como assunto norteador a sustentabilidade, são apresentados 110 ambientes desenvolvidos por 168 profissionais e distribuídos por 56 mil metros quadrados do Jockey Club de São Paulo, nos subtemas: Casa Cor; Casa Hotel, Casa Kids e a recente Casa Talento.
Quanto ao público, a organização espera receber mais de 160 mil visitantes até o último dia do evento, o que contabiliza cerca de 15% a mais do que o apontado na edição de 2009, e é quase 23 vezes maior do que o registrado na primeira montagem, realizada em 1987. “É a edição que mais atraiu público, e uma das mais movimentadas”, afirma Ângelo Derenze, presidente da Casa Cor.
Segundo Derenze, a exposição superou todas as expectativas de negócios e de futuros negócios que, simultaneamente à saída da Seleção Brasileira do campeonato mundial, influenciou a decisão de prorrogar o período.
“Como o Brasil saiu da Copa, decidimos incluir mais cinco dias no calendário do evento. As pessoas que ainda não foram, com certeza irão. Estou confiante em que será um sucesso”, conclui.
Vitrine
Aos que ainda não participaram, o desejo é aparente, e os que já estiveram presentes no evento não medem palavras para elogiá-lo. Segundo os profissionais, dos mais jovens aos consagrados nomes da arquitetura, a Casa Cor é a principal e mais importante vitrine de exposição de seus conceitos e das novidades que o setor da construção tem a oferecer.
“A Casa Cor, em qualquer cidade, é a forma que encontramos para estudarmos e explorarmos os mais novos materiais em parceria com os fornecedores”, afirma a arquiteta Paula Ferraz, do escritório Cavalcante Ferraz Arquitetura e Design. Para ela, que já participou do evento na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, “a mostra é o que se tem de mais rico no setor, além de ser um excelente campo de pesquisa no mercado”.
O arquiteto Francisco Cálio, criador do ambiente “Loft do Artista” e que participa pela 10ª vez da exposição, diz que é a melhor maneira de os profissionais mostrarem seus trabalhos para o País e o mundo, pois, com a grande visibilidade na mídia nacional e internacional, o interesse de visita do público estrangeiro cresce cada vez mais. “Recebemos ingleses, franceses e americanos, entre outros, o que transforma a mostra em uma vitrine para o mundo, especialmente aos que ainda estão em formação de carreira”, explica.
Na opinião de Sérgio de Oliveira, arquiteto e professor universitário que participou do evento por sete vezes, mas atualmente está afastado há cerca de cinco anos, é importante participar principalmente “pela imagem que a exposição assinala nos profissionais”, mas alerta que a Casa Cor ficou muito comercial. “Quando entrei no evento, na primeira vez, precisei apresentar muita informação e um currículo bem vasto para ser aprovado. Hoje é tudo bem mais fácil”, afirma.
Tema
A questão da sustentabilidade ambiental ganhou destaque em diversos setores da indústria, em especial o da construção. A Casa Cor seguiu o conceito, e para esta edição sugeriu que os profissionais desenvolvessem projetos com apelo sustentável.
Sob o tema “Sua casa, sua vida, mais sustentável e feliz”, os ambientes foram criados com madeira de demolição e de reflorestamento, materiais que imitam pedras como o mármore, os jardins ganharam destaque e por vezes invadiram os interiores.
Na opinião de Paula Ferraz, que visitou a mostra, a questão ainda é muito nova no País, e será sentida apenas daqui a alguns anos. Porém, para disseminação da ideia, o tema foi muito relevante. “Acredito que este assunto deve e será muito explorado ainda. Mas, para que o público conhecesse um pouco mais sobre esta importância, a mostra atendeu as expectativas, principalmente, porque é difícil trabalhar com materiais desta linha”, afirma.
Cálio diz que o esforço de todos os participantes foi grande para atender o objetivo. Na sua opinião, os projetos que mais se adequaram foram os de paisagismo. “No Brasil, ainda estamos engatinhando neste tema. Não é apenas colocar um jardim dentro da casa para ser sustentável”, explica o designer. “O material reciclado deveria ser superacessível, mas não é. No Brasil temos poucas pessoas que apostam na questão do 'ecologicamente correto', tudo demora muito”, critica.
Sérgio, que visitou a edição de 2010 da mostra quatro vezes, tem a mesma opinião de Cálio e afirma que “primeiro é preciso entender o que é sustentabilidade e ter, no mercado, indústrias que vão ao encontro dessa filosofia”. Para ele “não adianta apenas vender a imagem, é importante ter empresas mais evoluídas neste sentido também”.
Destaques
Dentre os espaços em exibição, dez projetos foram premiados em 11 categorias, entre os quais o “Espaço para a Nova Era”, dos arquitetos Ugo di Pace, Maria Andraus di Pace e Raul di Pace”, o Melhor Projeto em Casa Cor; o “Loft Sustentável”, da arquiteta Fernanda Marques, o Projeto Mais Sustentável, e o “Porão”, de João Armentano, nas categorias Mais Original e Mais Ousado.
Na opinião de Paula, a contemplação foi justa. “No ano passado senti falta da premiação a Fernanda Marques, e nesta edição ela está entre os ganhadores. Fico feliz porque admiro o trabalho dela”, afirma a profissional, que também destaca o trabalhado da arquiteta Débora Aguiar. “É incrível como ela conseguiu mudar toda uma estrutura que já existia na área, além de deixar muito claro o requinte de sua personalidade.”
Sérgio também destaca o ambiente de Débora. Segundo ele, é um espaço usável, com começo, meio e fim, além de possuir cores agradáveis para uma casa.
Para Cálio, entre os espaços que se destacaram, está o “Lounge Bar”, de José Roberto Moreira do Valle, e o “Nova Era”, de Ugo di Pace, que valorizaram os ambientes com o uso de vidraças. “Existe uma integração muito grande com a natureza. Antes, para construir derrubavam-se árvores; eles apresentam um outro conceito de construção”, afirma.
Democratização
Com a crescente possibilidade de obtenção do imóvel próprio, o hábito de prezar a arquitetura e a decoração de primeira linha também tem ganhado destaque, e deixado de ser um privilégio da elite. Isso é o que afirma Francisco Cálio. “O processo ainda é muito lento, o boom das construtoras começa a influenciar também o design de interiores. Isso é classificado como democratização”, avalia.
Na opinião de Ângelo Derenze, a Casa Cor é uma forma de materializar os projetos arquitetônicos para dentro das casas dos brasileiros. “A decoração está sendo democratizada. Hoje, com a melhoria da economia, todos estão tendo a possibilidade de ter um momento de consumo”, explica.
Paula diz que atualmente é possível o público acompanhar diversas mostras de decoração que também têm sua importância e contribuem para quebrar o tabu de que decorar é apenas para a elite, mas afirma que a Casa Cor é o conceito mais próximo e esperado do público. “As pessoas esperam por ela, que se tornou um programa familiar”, diz.
“Não vejo a Casa Cor como uma mostra democrática”, afirma Sérgio de Oliveira. De acordo com ele, existem outras formas de movimento para difundir o hábito da decoração, e uma série de fatores a serem discutidos. “A Casa Cor deveria ter, em primeiro lugar, um critério de exagero.” Para Sérgio, nas primeiras edições a exposição era mais romântica, seletiva e disputada. Mas, com a realização em outros espaços e a multiplicação dos temas, perdeu a estrutura e o conceito originais. “Sem dúvida ela provoca uma inquietação na indústria de modo geral, o que é sempre positivo. Porém, precisa reavaliar os exageros”, conclui.

Foto: Divulgação

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Meirelles é homenageado no "Loft do Cineasta Consagrado"

SÃO PAULO – Integrar dormitório, home theater, espaço gourmet, home office e banheiro em 65 metros quadrados foi a proposta da designer de interiores, Marília Brunetti de Campos Veiga, para criar o “Loft do Cineasta Consagrado”. No ambiente, conforto, harmonia, sustentabilidade, tecnologia e inovação marcam presença para homenagear o arquiteto e cineasta brasileiro Fernando Meirelles.
Como destaque da unificação dos espaços, está a possibilidade de assistir a TV LCD de qualquer ângulo. Em evidência no ambiente, uma das paredes, em tom mostarda, recebe aplicação de um storyboard, de um dos filmes produzidos por Meirelles, e em outra a obra de arte “Ensaio Sobre a Cegueira” — referência ao livro de José Saramago que o cineasta levou à telona dos cinemas. Uma leitora de reconhecimento facial — que faz a leitura da posição dos olhos, da boca ou do nariz, entre outros —, que dificulta o acesso de pessoas que não têm permissão a um determinado local, completa decoração, que segundo Marília, é uma menção ao que há de mais atual em termos de segurança.
Para a iluminação, um sistema de automação oferece dinamismo e inovação tecnológica aos espaços. Os recursos de áudio e vídeo também são automatizados e podem ser controlados por meio do Iphone/Ipodtouch. A madeira de demolição no piso e a madeira certifica, para as marcenarias, conferem a preocupação com o meio ambiente.
No espaço Home theater, o sofá, a chaise longue e a poltrona, com desenho moderno e inovador, permitem momentos de relaxamento. Duas prateleiras acima da TV, e um armário, abaixo, proporcionam praticidade para armazenar as mídias. No dormitório, cama, baú, luminárias e obras de arte oferecem conforto em um ambiente jovem e descontraído. No home Office, destaque para uma Cadeira 360º com desenho inovador.
Serviço:
Casa Cor 2010. Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). De 25 de maio a 13 de julho. De terças a sábados, das 12h às 21h, e domingos, das 12h às 20h. Informações: www.casacor.com.br

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Férias de julho trazem animação para as crianças

SÃO PAULO - A chegada das férias escolares aumenta a preocupação dos pais de proporcionar atividades educativas, lúdicas e envolventes aos filhos. Pois o recesso deve ser sinônimo de diversão e alegria, além de estimular a criançada para o retorno às aulas. A fim de ajudar as famílias a escolher as melhores opções de divertimento, o semanário Shopping News selecionou uma série de sugestões que podem animar os pequenos — e principalmente os pais. Dentre as alternativas, passeios em parques, viagens ou brincadeiras nos shoppings são ótimas dicas para aproveitar o mês de julho com bastante animação.
Parques
“Piratas na terra do nunca” é o tema da temporada de férias de 2010 no parque Hopi Hari. A família inteira poderá aproveitar o dia para interagir com personagens como o Capitão Gancho, seus piratas, Peter Pan e Sininho que percorrerão o parque em um navio de oito metros de comprimento. Após um dia de diversão com 58 atrações, entre elas as novidades “West River Hotel”, um hotel mal-assombrado, e “Odisséia no espaço”, desenho de animação em 3D, um show de fogos multicoloridos, ao anoitecer, promete deixar os visitantes ainda mais fascinados. Ingressos a partir de R$ 56,70.
Para os pequenos de 3 a 11 anos, a sugestão é a programação especial, de cinco dias por semana, na Fazendinha Estação Natureza, onde, em uma área de 10 mil metros quadrados, as crianças urbanas mantêm contato direto com a rotina e animais típicos do campo. Entre as atividades estão: ordenhar vaca, passear a cavalo, alimentar bichos. Além de oficinas de teatro, culinária e jardinagem, entre outras. O valor da colônia de férias é de R$ 200 (meio período) ou R$ 390 (período integral).
Shoppings
Aos que preferem passear nos malls, não faltarão atividades para entusiasmar a criançada. A exemplo do Continental Shopping, que promove, até 29 de julho, a “Arena de jogos”. A ação promete divertir os pequenos a partir de 4 anos, com o Rummikub, a Pizzaria Maluca, o Tira Tijolo, e o Jogo da Pescaria entre outros.
“A Trilha Selvagem” é a atração de férias no Shopping Frei Caneca. As crianças de 4 a 12 anos poderão se aventurar em um percurso radical, com obstáculos, troncos, pontes, escalada com rede e caverna de leões. Para atrair ainda mais a molecada, a cenografia tem plantas artificiais, pedras, troncos de árvore e réplicas de animais selvagens em extinção.
Conscientizar os pequenos da importância da preservação do meio ambiente é a proposta do Bourbon Shopping São Paulo. Com um game interativo, os pequenos devem ajudar os super-heróis Max e Meg a proteger a natureza e o Planeta Keorism. Ao fim da atividade, os jogadores poderão levar suas armas de combate e continuar a brincadeira em casa.
Viagem
Os apaixonados por cinema poderão aproveitar a ação especial de férias do Paradise Golf & Lake Resort. Com decoração especial, festa temática — com música e personagens de sucesso da sétima arte —, além de um show de encerramento que faz alusão ao Oscar, as famílias poderão desfrutar da magia da telona. Especialmente para as crianças, espaços para brincadeiras e “A Terra do Nunca”, com famosos personagens, além de aulas de arco e flecha prometem encantar. Museu do Cinema e teatro infantil são as sugestões para envolver a família nos momentos mais tranquilos. Diária a partir de R$ 830 para casal e cortesia para crianças de até 11 anos no mesmo apartamento dos pais.
Para as crianças de 7 a 14 anos, a dica é o Eco Resort Ibiquá. Considerado 100% ecológico, o local está com programação especial de férias de 4 a 8 de julho. Além do contato com a natureza, os jovens poderão aproveitar Festa Junina, Festival da Pizza, futebol de lama, trilhas noturnas, e esportes náuticos, entre outras atividades. O valor é de R$ 400 por criança.
Serviço:
Paradise Golf & Lake Resort — Rod Engenheiro Cândido do Rêgo Chaves, 4.500, Rodovia SP-39, km 50, Jundiapeba, Mogi das Cruzes (SP). De 1º a 31 de julho. Informações: www.paradiseresort.com.br. Ibiquá Eco Resort — Rodovia SP-255, km 270,5 – Estância Turística de Avaré (SP); informações: www.ibiqua.com.br. Fazendinha Estação Natureza — Av. Washington Luiz, 4.221, Brooklin Velho; Informações: www.estacaonatureza.com.br. Hopi Hari — Rodovia dos Bandeirantes, km 72; de 26 de junho a 8 de agosto, das 10h às 19h; informações: www.hopihari.com.br. Continental Shopping — Av. Leão Machado, 100, Butantã, Praça de Eventos; informações: www.continentalshopping.com.br. Shopping Frei Caneca — Rua Frei Caneca, 569, Consolação; informações: www.freicanecashopping.com. Bourbon Shopping São Paulo — Rua Turiaçú, 2.100, Pompéia; informações: www.bourbonshopping.com.br.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Móveis exclusivos personalizam "Suíte do Casal Apaixonado"

SÃO PAULO – Inspirada em um casal apaixonado que preza pela modernidade e tecnologia, a arquiteta e designer de interiores Sueli Adorni desenvolveu, em 62 metros quadrados, a “Suíte do Casal Apaixonado”. Espelhos, vidros, mármores e couros predominam no ambiente. E os desenhos exclusivos dos móveis, da linha by Sueli Adorni, personalizam e conferem elegância ao espaço. Para completar, os tons de cinza, grafite e branco harmonizam com os demais materiais e proporcionam leveza ao visual.
Dentre os móveis que compõem a decoração, destaque para a cama com base em vidro, e para o bar desenvolvido em metacrilato — material mais puro e resistente que o acrílico — com gavetas translúcidas. Almofadas da Versace, de Milão, e esculturas da Nova André Galeria, garantem a sofisticação e requinte. Para a iluminação, uma releitura clássica. O lustre plafon, feito em metal e cristal, adornado com ramos de flores, prova que contemporâneo e clássico podem estar em perfeita harmonia.
Para compor a suíte, um banheiro todo revestido em mármore, espelho e pastilhas prateadas. Whirpool Bath e um Shower Spa, controlados por sistema digital marcam presença no ambiente. A automatização também está presente na cabine de banho, que possui sauna, som e viva-voz. Para a banheira, TV e LCD.
Serviço:
Casa Cor 2010. Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). De 25 de maio a 13 de julho. De terças a sábados, das 12h às 21h, e domingos, das 12h às 20h. Informações: www.casacor.com.br.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Denise Barreto cria loft inspirado em executiva

SÃO PAULO - Inspirado em uma mulher dinâmica, forte e atenta às tendências, assim foi desenvolvido o "Loft da Executiva", pela arquiteta e paisagista Denise Barreto para a Casa Cor 2010. O ambiente que integra os espaços - living, cozinha, quarto de dormir, vestir e sala de banho - e explora o equilíbrio entre a madeira natural, couro e tons neutros, que se mesclam ao preto e ao dourado, provoca a sensação de sofisticação e aconchego.
Em 82 metros quadrados, o destaque do espaço fica por conta da curva em forma de asa, inspirada no desenho do plano diretor do projeto de Brasília, elaborado por Lúcio Costa, homenageado da mostra.
Os pisos e paredes principais recebem revestimento de filetes, de 1m x 3 cm, de peroba dourada. Para a privacidade do quarto, a arquiteta propõe uma divisória ripada feita com o mesmo material. Para complementar, tapetes redondo e retangular, da Casa Matriz proporcionam o conforto do local.
Para a cozinha, revestimento palissandro nero texturado e armários embutidos, da SCA, aliados aos equipamentos da marca Brastemp, conferem modernidade ao ambiente. No living, além da mesa de jantar quadrada, revestida em placas de pupunha com pé em couro, desenvolvida pela profissional, o sofá preto da Empório Beraldin promove elegância ao local. Destaque para poltrona "Paulistana", criada em 1960 por Jorge Zalszupin, revestida em couro amassado de textura aveludada, também da Empório Beraldin.
O projeto luminotécnico, de Guinter Parschalk, , com diferentes efeitos para cada ambiente, por meio da automação Lutron da Steluti, garante uma atmosfera residencial e aconchegante.
Serviço:
Casa Cor 2010. Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). De 25 de maio a 13 de julho. De terças a sábados, das 12h às 21h, e domingos, das 12h às 20h. Informações: www.casacor.com.br.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Michael Jackson é homenageado com especiais


Foi a última batida, porém não foi perfeita. Em vez do som dos hits tocados, apenas o silêncio e as lágrimas de milhões de fãs no mundo inteiro avisavam: “O rei do pop morreu”. Foi exatamente há um ano que o fato tomou conta do noticiário nacional e internacional, invadiu os bate-papos e monopolizou comunidades virtuais. O fenômeno Michael Jackson, que se preparava para voltar aos palcos para apresentar a turnê “This is it”, depois de ficar uma década longe dos holofotes, se despedia de seu público fiel, deixando uma herança cultural incomparável e um legado à nova geração de artistas.
O ídolo, presente na mídia desde os cinco anos de idade, quando começou sua carreira no grupo Jackson 5, e por vezes foi estampado em manchetes que noticiavam escândalos, ainda é pauta dos veículos de comunicação de todas as partes do mundo. No aniversário de sua morte, porém, programação especial em emissoras de televisão, rádio e websites propõem homenagear e lembrar o criador dos moonwalks como o gênio imortalizado e venerado da música pop internacional.
Especiais
Com uma programação especial de 14 horas consecutivas, o canal Multishow exibirá ao público nesta sexta-feira uma série de shows e documentários sobre a carreira do ídolo. A agenda começa às 10h com um “TVZ” dedicado a Michael. Às 12h30 jovens marcam presença no episódio especial do “Geléia do Rock”, tocando músicas da discografia do cantor. “A Biografia de Michael”, com depoimentos de familiares, amigos e celebridades, vai ao ar às 13h. Em seguida, às 14h, o especial “Os grandes sucessos do Rei do Pop” invade a tela para mostrar sua jornada pela música. Às 15h é a vez do público assistir “O legado de Michael Jackson”. A história de 14 músicas — escolhidas por meio de votação na internet para a coletânea “Michael Jackson King of Pop –The Brazilian Collection” — será contada a partir das 16h. A programação se encerra às 23h com a biografia inédita e não autorizada “Michael Jackson: Tributo”, com a retrospectiva de seu trabalho.
Aos que preferem a MTV brasileira, dentre as opções da programação especial, o público poderá conferir, a partir das 11h, o “Top 10 Countdown”, com os 10 clipes mais votados por meio do site na emissora norte-americana, além da entrevista com o ídolo pop. No canal, o público poderá relembrar, às 12h45, o making-of de “Thriller”. Para o sábado, as dicas são o “Top 40”, que apresentará 40 videoclipes do astro, às 7h30 e “Melhores momentos na TV”, às 18h.
No GNT, o público poderá conferir, nesta sexta-feira, às 21h, o documentário “Cedo Demais para Morrer”, que mostra os bastidores da vida do cantor, e no domingo (27), “A vida de Michael Jackson” será a atração do programa Mulheres no Cinema, a partir das 19h. A produção mostrará como o ídolo precisou aprender a conviver com os holofotes, e o drama de resgatar a infância perdida depois da vida adulta.
No canal TCM, às 17h10, o telespectador poderá conferir a atuação do artista no papel de Espantalho em “O Mágico Inesquecível” —alusão ao clássico “O Mágico de OZ”—, no qual Michael estreia e divide a cena ao lado de Diana Ross e Richard Pryor. Às 22h, o público confere o show “HIStory World Tour”, um dos mais lembrados de sua carreira, quando o artista percorreu a Europa, Ásia e Oceania, entre 1996 e 1997, com a turnê de mesmo nome, a qual resultou em 82 apresentações.
Na televisão aberta, a programação fica por conta da TV Globo, que exibirá no domingo (27), depois do “Fantástico”, o documentário “Michael Jackson: This is it”. No trabalho lançado em outubro de 2009, serão mostrados os ensaios do artista para a turnê que iniciaria em julho do ano passado.
Pistas
Aqueles que preferem lembrar do cantor nas pistas, poderão aproveitar a festa “Moon Walk –Soul.Funk.Black”, que acontecerá no Hotel Cambridge, sob o comando dos DJs King, Beto Chuquer e Prila Paiva, e lembrará um ano da morte de Michael. Os ingressos custam de R$ 25 a R$ 40. Informações: (11) 3101-2537. Outra dica ao público dançante é a Homenagem ao Michael Jackson na Trash 80’s Centro, onde os baladeiros poderão conferir a performance de personagens caracterizados, além das músicas e dos vídeos que serão apresentados nos telões da casa. Os ingressos custam R$ 30. Informações: www.trash80s.com.br.
Últimas
De acordo com pesquisa divulgada pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), em abril deste ano, três dos álbuns de Michael Jackson ocuparam o ranking dos dez mais vendidos no mundo. São eles: “This is It”, “Number Ones” e “Thriller”.
Este último, que na época de seu lançamento ocupou o primeiro lugar durante 37 semanas, ainda conquista novos públicos e contribui para o aumento da fortuna do astro, estimada em US$ 300 milhões, da qual 40% foram deixados como herança à mãe do artista, 40% aos filhos, que só receberão o dinheiro aos 40 anos, e 20% a obras de caridade.

“Ele era um artista completo”
MJ pode ser considerado o “rei do pop”, mas não o único. Esta afirmativa é de Marco Camargo, jurado do programa “Ídolos” e apresentador da Record News. Segundo ele, Michael era um dos reis do castelo do pop, e fez a diferença por sua genialidade precoce. “Ele era um artista completo: compunha, dançava, cantava e interpretava. Indicar um artista que tenha essas qualidades juntas é difícil”.
Na opinião de Camargo, para a música, a morte do astro é uma perda irreparável; para a indústria fonográfica, porém, tem efeito positivo: “As pessoas partem ao consumo imediato com medo de não encontrar mais produtos de seus ídolos”. E afirma que “será difícil um artista superar MJ no que diz respeito a venda de discos, principalmente na era da internet”.

Para manter o estilo da SPFW


Tendências lançadas, cortes definidos e cores estipuladas. É com essas certezas que os aficionados da moda farão questão de adequar seu closet para a próxima estação. Aos que ficaram com dúvidas, o verão será marcado pelas tonalidades claras e por peças curtas, esta é a conclusão dos especialistas em moda depois do término da 29ª edição da São Paulo Fashion Week, que contou com nomes consagrados, como Lino Villaventura, Tufi Duek e com nomes estreantes no evento, como João Pimenta, Fernanda Yamamoto e Ana Salazar.
Para facilitar um pouco a vida dos que se ligam no mundo fashion, o Toda Moda foi a campo e preparou um roteiro com as lojas e multimarcas que vendem as peças dos estilistas que são sucesso na semana de moda paulista. Muitas localizadas na capital, no famoso quadrilátero do luxo, na região dos Jardins, as grifes apresentam em suas araras peças comerciais mas com o mesmo apelo fashion das passarelas.
Descolados
Com uma moda jovem e de estamparia diferenciada a grife Amapô, das estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, além de ter suas criações em cidades como Tóquio e Nova York, os paulistanos podem encontrar os modelos em multimarcas como a Surface to Air, na Alameda Lorena, nos Jardins.
Quem também faz a cabeça dos mais modernos é a Cavalera, que completou 15 anos e abusou do estilo “festa” em suas criações de verão. Os modelos da grife podem ser encontrados na loja da Alameda Lorena, 1.862, ou nos Shoppings Pátio Higienopólis, Ibirapuera, Morumbi e Villa Lobos.
Os homens antenados se rendem às criações da V.Rom disponíveis nas araras de sua loja localizada na bem-frequentada Lorena, número 1.922.
Conhecidas por coleções repletas de jeans e peças streetwear, as grifes Triton, Colcci e Ellus estão presentes nos melhores malls da capital paulista e sempre repletas de fashionistas à procura daquele look despojado.
Alexandre Herchcovitch não poderia ficar de fora dessa seleção, pois é sinônimo de estilo e de coleções que surpreendem. As criações do estilista podem ser encontradas nas lojas próprias localizadas na Haddock Lobo, 1.151 e no MorumbiShopping, e os que querem economizar e ainda andar na estica, os looks de coleções passadas podem ser adquiridos no Outlet Premium, em Itupeva, interior de São Paulo. A grife também possui um espaço especial em Tóquio. Os cariocas não ficaram de fora, e podem se render ao charme das coleções de Herchcovitch no São Conrado Fashion Mall.
A Animale, que deu um show na última edição da SPFW, pois apresentou peças mais sofisticadas e menos exibicionistas para as consumidoras de São Paulo, atende suas fiéis clientes na charmosa loja da Rua Bela Cintra, além dos shoppings Cidade Jardim, Morumbi e no Bourbon. Além dessas unidades, as adeptas de uma boa pechincha podem encontrar as criações no OutletPremium.
Os modelos extremamente femininos e coloridos de Erika Ikezilli, inspirados na cultura nipônica e na brasileira, podem ser encontrados em lojas como Passadas, na Rua Dr Virgilio de Carvalho Pinto, 49, em Pinheiros; na Cup Coke, na Rua Moacyr Piza, 52a, nos Jardins, e na rede Lala e Maria.
Com uma loja de esquina na Rua Oscar Freire, a Osklen de Oskar Metsavaht, além de “belos” atendentes, mostra todo o seu charme e estilo em peças que pouco se parecem com as desfiladas na passarela. Os que se amarram nas criações da grife podem encontrar os modelos também na Daslu, na Rua Gomes de Carvalho, 2.030, em Vila Olímpia.
A Neon, assinada pelos estilistas Dudu Bertholini e Rita Comparato, marca pela composição da moda urbana aliada à moda praia e se caracteriza pelas estampas exclusivas. A grife pode ser encontrada na loja própria, na Rua Baronesa de Itu, 42, Santa Cecília, ou na Loja Passadas.
Elegantes
As peças da estilista Simone Nunes, que para o SPFW se inspirou em uma produção cinematográfica da Bahia de 1970, estão disponíveis em seu ateliê (Informações: www.simonenunes.com.br).
O estilo contemporâneo da grife Maria Bonita, assinada pela designer Danielle Jensen, que prima por corte e caimento perfeitos, pode ser encontrado na Rua Oscar Freire, 702 ou nos Shoppings Iguatemi e Market Place.
Priscilla Darolt, com suas peças bem recortadas e para mulheres que optam pelo estilo sexy sem perder a sofisticação, exibe os modelitos em seu showroom. (Informações: (11) 3875-5080). Toda a irreverência das peças de Samuel Cirnansck está à venda na loja do estilista, na Rua João Moura, 287, no Jardim América.
Elegância na medida certa e para mulheres luxuosas, assim são as peças da estilista Glória Coelho que podem ser compradas no luxuoso mall Iguatemi.
Além de uma loja que atende ao público mineiro — cidade natal do estilista — Ronaldo Fraga embeleza as paulistanas em sua loja na Rua Aspicuelta, 259, na Vila Madalena.
A Iódice, de Waldemar Iódice, com suas peças cheias de glamour, podem ser encontradas em uma megaloja localizada na Oscar Freire. Além das peças do estilista, as mulheres encontram uma vasta gama de acessórios, tudo para deixar o look completo.
Fause Haten, sempre performático tanto em suas coleções quanto na sua participação na música, vende suas peças em um espaço exclusivo. As interessadas podem se informar pelo telefone (11) 3062-2240.
Boas estreias
Como moda também é sinônimo de democracia, a pauliceia tem espaço para os novatos nas passarelas da São Paulo Fashion Week. João Pimenta, que roubou os holofotes na semana de moda, tem seu espaço situado na Rua Mourato Coelho, 676, em Pinheiros. Com uma bela homenagem a São Paulo durante sua passagem pela SPFW, Fernanda Yamamoto vende suas criações em sua loja na Rua Aspicuelta, 441, na badalada Vila Madalena.
Beachwear
No segmento beachwear, quatro grifes se destacam com conceitos de moda de praia diferenciados. São elas: Cia. Marítima, Adriana Degreas, Rosa Chá e Água de Coco. A primeira, que investe em alta tecnologia, com produção de tecidos com Lycra, além de cair no gosto dos consumidores da Europa e dos EUA, pode ser encontrada na Track & Field, da Rua Oscar Freire, 959/961 e em shoppings como Iguatemi, Paulista e Pátio Higienópolis. As formas sofisticadas e as estampas exclusivas dos biquínis, maiôs e vestidos da estilista paulista Adriana Degreas podem ser encontrados na loja própria da marca, na Villa Daslu, R. Chedid Jafet, 131, ou na Distribuidora Exclusiva Jardins, na Rua Dr. Melo Alves, 734. As ousadas coleções da grife Rosa Chá, assinadas pelo consagrado Alexandre Herchcovitch, estão disponíveis nos malls Morumbi e Pátio Higienópolis.
A Água de Coco, uma das principais marcas de moda de praia nacional, com mais de 20 anos no mercado fashion, assinada pela estilista Liana Thomaz, apresentou seus cortes de seda, linho rústico e lycra no SPFW. Suas peças, com linhas geométricas e listras, podem ser compradas na Rua Oscar Freire, 1.181, nos Jardins.

Carla Machado/Flávia Milhassi

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cores ousadas marcam presença no Studio da Jovem Senhora

SÃO PAULO – Inspirados em uma mulher, inserida no meio artístico e conectada com a tecnologia, os arquitetos Antônio Ferreira Júnior e Mario Celso Bernardes apostam no desenvolvimento de um ambiente que alia arquitetura clássica e contemporânea para apresentar o “Studio da Jovem Senhora” na Casa Cor 2010. Como característica principal, nos trabalhos da dupla, cores fortes e brilhantes marcam presença no espaço que confere personalidade impar.
Dividido em dois níveis de piso, o mais elevado comporta a área de banho, com banheira em forma de piscina, ducha, reservado de vaso sanitário e pia. Destaque para o piso em Silestone magenta e bancada da pia, no mesmo material, na cor laranja, que conferem ar jovem e contemporâneo.
Na parte inferior, a cama na região central, uma escrivaninha de trabalho ao lado esquerdo, e ums lareira com canto de leitura à direita compõem o dormitório. O piso de madeira Tauari, lixado e encerado, formando uma seqüência de losango, as paredes e teto revestidos com moldura clássica de gesso em forma de boiserie dão o ar “clássico francês” que contrasta com o contemporâneo.
Destaque da decoração são os designers dos móveis desenvolvidos pelos arquitetos, que possuem um sistema de trilho nas bordas, por onde deslizam o criado mudo, a caixa de TV e cabeceiras. O mesmo sistema é utilizado na escrivaninha, que desliza sobre o trilho inserido no degrau da escada. O lustre Zeppelin, da grife italiana Flos, garante a iluminação central e se sobressai no espaço.
Serviço:
Casa Cor 2010. Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). De 25 de maio a 13 de julho. De terças a sábados, das 12h às 21h, e domingos, das 12h às 20h. Informações: www.casacor.com.br

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sustentabilidade marca projeto da arquiteta Débora Aguiar

SÃO PAULO - Equilibrar meio ambiente e recursos tecnológicos foi a proposta da arquiteta Débora Aguiar para a Casa Cor 2010. Um mirante, na paisagem urbana que remete ao “viver bem”, aproveitando ao máximo o que a natureza tem a oferecer, é a definição da “Casa do Mirante” projeto desenvolvido pela profissional para a mostra.
Em um espaço com 600 m², sendo 380m² de área construída, Débora preza pela sustentabilidade sem abrir mão do estilo e da sofisticação. “Minha preocupação com essas questões estão sempre presentes em meus projetos”, afirma. De acordo com ela, a arquitetura contemporânea sugere uma moradia completa, com integração dos ambientes internos e externos, tendo a paisagem como pano de fundo.
Desde o hall de entrada um piso de madeira, de reaproveitamento, descolorida da Casa Fortaleza Vitrine, reveste toda a casa enquanto que lâmpadas de catodo frio, da Ventana Luminosos, garantem a iluminação contínua, quando necessária. Ainda no hall, paredes revestidas em mosaico de pedras da JR Pedras para Textura Y Cor possuem nichos verticais com iluminação indireta.
Na distribuição interna, destaque para uma árvore Sibipiruna que proporciona a divisão da sala, espaço gourmet e suíte do casal. Mobília assinada por Christian Liaigre, Débora Aguiar e Hlly Hunt completam a decoração em todos os espaços.
Estantes em laca e pórticos da Ornare revestidos em camurça da Nani Chinellato dividem o espaço do living com a imponente lareira. Almofadas e mantas da Celina Dias, tapetes da By Kamy, e obras de arte conferem charme e elegância ao ambiente. No home theater, paredes com revestimentos em couro prensado do Empório Beraldin em contraste com computadores, vídeo-wall e telão automatizados garantem o tom high tech.
Na cozinha, centro da proposta da profissional, o contraste está entre o design minimalista e a mesa em madeira de demolição, proporcionando ao espaço gourmet maior integração e comunicação com os demais ambientes. “É um local para reunir os familiares e amigos e desfrutar momentos alegres, sentados à mesa para jantar ou um aperitivo”, explica Débora.
Para completar a parte externa do projeto, na área da piscina, bicas d’água escorrem por nichos iluminados que funcionam como biombos, que delimitam as divisas laterais, e podem ser vistos da suíte do casal, com portas de vidro, que permitem a visualização da paisagem e sugerem um clima de romance a dois.
Serviço:Casa Cor 2010. Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). De 25 de maio a 13 de julho. De terças a sábados, das 12h às 21h, e domingos, das 12h às 20h. Informações: www.casacor.com.br

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mauricio Queiroz se inspira em Brasília para a Casa cor

SÃO PAULO - Um ambiente conceitual, sustentável e interativo, que retrata a história e a personalidade do criador do Plano Piloto de Brasília. Esta é a proposta do arquiteto e urbanista Mauricio Queiroz no "Espaço em Homenagem a Lúcio Costa", desenvolvido para a Casa Cor 2010. "Para criar o ambiente, estudei tanto sobre a capital federal como sobre Lúcio Costa", explica Queiroz. "O local está todo setorizado, com quatro lounges, que faz uma analogia de como Brasília foi criada", conclui.
Projetado originalmente com pilares e pastilhas, o hall de entrada do Jockey Club, com 222 metros quadrados -maior estrutura já apresentada com madeira de reflorestamento na mostra Casa Cor-, foi totalmente fechado com material ecologicamente correto. A madeira de demolição também tem papel importante no sistema de ventilação que, cruzada, garante clima ameno e dispensa o uso de ar condicionado. Destaque do projeto fica por conta da acessibilidade, pois no ambiente não tem portas, e conta com uma cadeira automatizada que garante acesso aos portadores de necessidades especiais.
Inspirado na primeira fase profissional de Lúcio Costa, em meados de 1940, o ambiente, que faz referência ao trabalho do arquiteto, é caracterizado por quatro lounges temáticos: Roxo, Branco, Madeira e Cristal. A divisão é uma analogia ao projeto de Brasília, que quando pensado, foi dividido por zonas.
No "Lounge Roxo", o visitante poderá conferir um ambiente democrático, que faz referência às formas respeitadas por Lúcio Costa, sejam elas arredondadas, retas ou qualquer uma imaginada. O bar, mesas e cadeiras foram desenhadas por Queiroz, especialmente para o evento, e combinam materiais naturais com acrílico. Estante para livros, balanços em madeira pendurados no teto, e 60 velas acesas no centro da mesa completam o clima de democratização das formas.
"O céu é o mar de Brasília" é representado no "Lounge Branco". O espaço, que faz referência a afirmativa de Lúcio Costa, é totalmente branco, demarcado por um tapete triangular felpudo que cria a sensação do "pisar em nuvens". Destaque do ambiente fica por conta do sofá Antropofágico, apresentado no Salão Satélite de Milão, que possui em sua estrutura metálica cerca de 8 mil fios de corda.
No "Lounge Madeira", o destaque é um exemplar único de uma cadeira criada por Lúcio Costa e emprestada por sua família à Casa Cor. O centro do espaço é formado por um banco de madeira reaproveitada da Tora Brasil e um sofisticado abajur da Etel Carmona. Um tapete redondo com quatro metros de diâmetro delimita o "Lounge Cristal". Um espaço bucólico que representa a frase do homenageado, na qual afirma que o "Plano Piloto de Brasília se assemelha a uma borboleta e não a um avião".
No quesito tecnologia, destaque para o Livro Mágico. Uma grande tela localizada no Lounge Cristal, que conta toda a cronologia da obra de Lúcio Costa sem que o visitante precise tocar nela - basta que movimente as mãos "no ar", para que as páginas virem, a partir de um sensor embutido em uma caixa. Entre um espaço e outro, uma cortina de sete metros de altura, tramada artesanalmente com nylon de redes da trave de futebol, cria uma renda inusitada e divide os ambientes.
Serviço:
Casa Cor São Paulo - Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). Informações: www.casacor.com.br.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"Casa Cor 2010" mira o conforto e bem-estar

SÃO PAULO - Considerado o maior evento de arquitetura e decoração da América Latina e o segundo do mundo, depois do Salão de Milão, a Casa Cor São Paulo 2010 apresentará ao público, entre os dias 25 de maio e 13 de julho, no Jockey Club de São Paulo, mais uma gama de trabalhos desenvolvidos por renomados nomes do setor.
Entre as principais atrações da mostra, está a homenagem feita ao arquiteto Lúcio Costa -autor do projeto do Plano Piloto de Brasília-, a estreia da Casa Talento, novo conceito do evento, destinado às artes plásticas, além da participação de Ugo di Pace, um dos especialistas internacionais mais lembrados no meio profissional.
Com o tema "Sua casa, sua vida, mais sustentável e feliz", a mostra reunirá mais de 100 ambientes que, distribuídos em 56 mil metros quadrados, terão como principal objetivo apresentar tendências de materiais, cores, e automação, entre outras, que possam oferecer bem-estar aos moradores sem abrir mão do próprio estilo, além de priorizar o conforto e a utilização de materiais ambientalmente corretos.
Homenagem
No aniversário de 50 anos da capital federal, o homenageado da edição de Casa Cor é o arquiteto e urbanista Lúcio Costa. Reconhecido mundialmente pelo projeto do Plano Piloto de Brasília, o pioneiro da arquitetura modernista no Brasil será lembrado no espaço "Homenagem a Lúcio Costa", criado pelo arquiteto Maurício Queiroz.
No ambiente, quatro lounges traduzirão as frases mais populares do homenageado, entre eles, o "Roxo", o "Branco" e o "Madeira". Além do "Lounge Cristal" -com 18 lustres em forma de borboleta-, inspirado na declaração de Costa, na qual dizia que o Plano Diretor de Brasília se assemelhava a uma borboleta, não a um avião. Para complementar o espaço, a tecnologia marcará presença no tradicional quadro de agradecimentos, que será digital, com sistema touch screen -acessível com apenas um toque. E no Livro Mágico, que possibilitará ao visitante conhecer a história de Costa com passagens de mão no ar para virar as páginas. Destaque da obra ficará por conta da sustentabilidade, pois o projeto é o maior já construído na história do evento, com o uso de madeira de reflorestamento.
Inédito
Reconhecido por inovar a cada montagem, o evento, em sua 24ª edição, oferecerá ao visitante quatro espaços diferentes. Além dos consagrados Casa Cor -que dita tendências de decoração-, Casa Hotel -com foco no setor de hotelaria e turismo- e Casa Kids - com sugestão de ambientes para toda a família-, o público poderá conferir também o lançamento de Casa Talento, concepção que tem como propósito expor trabalhos de conhecidos profissionais do segmento de arte e design.
Em um espaço de cerca de 400 metros quadrados, o visitante poderá ter contato com trabalhos de 23 profissionais, entre os quais designers e artistas plásticos que vão expor suas obras na Casa Talento. "A proposta é destacar a peça e o seu criador", afirma Catherine Duvignau, curadora da nova atração.
Segundo ela, o objetivo é dar ao público a oportunidade de identificar os nomes que desenvolvem as peças complementares dos projetos de arquitetos e designers de interiores. "O propósito é fazer com que as pessoas visualizem, neste espaço, determinadas artes, e que seus autores fiquem ainda mais conhecidos", diz. Catherine explica que o critério para seleção foi dado de acordo com a visibilidade do artista. "Ele deve ser renomado e ter objetos já comercializados, seja em lojas ou em galerias", conclui.
Entre os nomes presentes no evento, estão Glauco Diógenes, Evelin Tannus, Cristina Campana e Marangoni, todos participantes da última edição da exposição de arte urbana paulistana "Cow Parade", além de Marcelo Rosenbaum, arquiteto oficial do quadro "Lar, Doce Lar" do programa global "Caldeirão do Huck".
Cases
Dentre os ambientes criados para Casa Cor 2010, o público poderá conferir o "Loft do Jogador de Polo", desenvolvido pela arquiteta Simone Goltcher e inspirado no polista Ricardo Mansur. O "Estúdio Feminino" é a proposta da arquiteta Ana Bartira Brancante, que utilizou um espaço de 25 metros quadrados para homenagear a apresentadora Sabrina Sato.
A arquiteta Débora Aguiar apresentará a "Casa do Mirante", com a proposta de uma residência contemporânea em meio à natureza. "Adega do Colecionador" é o projeto das arquitetas Priscila Baliu e Silva Franchini.
O visitante também poderá conferir trabalhos de renomados profissionais, como João Armentano, Jóia Bergamo, Fernanda Marques, Toninho Noronha, Francisco Cálio, entre outros.
Serviço:
Casa Cor São Paulo - Jockey Club de São Paulo, Av. Lineu de Paula Machado, 1.075, na Cidade Jardim, São Paulo (SP). Informações: www.casacor.com.br.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Orientações colaboram para a saúde na gestação

SÃO PAULO - Durante nove meses, a futura mamãe passa por transformações que mudam seu corpo e sua mente, e a colocam sob um novo papel diante da sociedade. O momento, principalmente às genitoras de primeira viagem, é de expectativa pela experiência. Pois apesar do novo título, ela não deixa outras funções para assumir a maternidade.
Saber se gravidez e o parto transcorrerão bem, e se o bebê chegará com saúde, são preocupações que provocam ansiedade à gestante, além das alterações hormonais, que podem influenciar sua autoestima, como ganho de peso e carência afetiva.
Para que a gestação seja prazerosa para a futura mãe, para seu bebê e para o pai, cuidados e orientações devem ser observados e acompanhados por profissionais.
Pré-natal
Depois de confirmada a gravidez, o passo inicial é começar o acompanhamento pré-natal. Desde a primeira consulta, o médico avalia riscos gestacionais, e planeja como vai seguir a evolução da gravidez.
Nos três primeiros meses, exames para diagnosticar anemia, diabetes gestacional, e doenças infecciosas, como hepatite e HIV, são importantes à saúde da mãe e do bebê. “O impacto de doenças como rubéola e toxoplasmose é grave para o feto, deixa sequelas”, explica a doutora Márcia Maria da Costa, ginecologista e obstetra, coordenadora do Hospital São Luiz, em São Paulo. Para ela, “fazer pré-natal desde cedo é importante para acompanhar as diferentes épocas da gravidez”. É o que também afirma o médico ginecologista Paulo Chinen, especialista em medicina fetal. Ele acrescenta que “o pré-natal é importante para ambos, mas no caso da criança, mudanças genéticas como a Síndrome de Down podem ser identificadas mais rapidamente”.
Os dois especialistas alertam de que a rotina de exames não se limita ao primeiro trimestre, mas segue durante toda a gestação, pois, no decorrer da gravidez, problemas como alteração da pressão arterial, entre outros, podem se desenvolver na mãe.
Práticas
Durante a gestação é aconselhável que a mulher faça atividades físicas. Essa prática colabora com o condicionamento do corpo e do sistema respiratório, além de ajudar a recuperação do pós-parto. Mães sedentárias, porém, precisam aguardar a passagem do terceiro mês para evitar abortamento. “Exercícios como natação e hidroginástica são ótimos, pois funcionam como drenagem e ajudam a redução de inchaços próprios da gravidez”, explica Chinen.
Se a mulher for atleta, não precisa suspender os treinos, apenas diminuir a intensidade dos exercícios. “Pilates, ioga e leves caminhadas também são indicadas. O importante é se mexer”, conclui Márcia Maria.
A terapeuta ocupacional Ludmila Pedroso, professora de pilates para gestantes da CGPA Pilates, explica que o treino, está focado na melhora da movimentação do períneo feminino — o que pode evitar incontinência urinária —, no fortalecimento do assoalho pélvico — importante para o momento do parto —, e tonificação das pernas para alívio de sobrecarga na coluna. “A finalidade do pilates é oferecer à futura mamãe qualidade de vida e preparação para o parto e pós parto”, esclarece.
Márcia Maria lembra que cursos para gestantes dão informações úteis sobre alimentação, dermatologia, entre outros temas, “que são importantes inclusive à maior participação do pai”.
Psicologia
Na gravidez, a mulher fica mais sensível, carente e, por vezes, até “enciumada”, pois todos estão voltados ao novo integrante da família. Nessas situações, surgem formas de chamar a atenção em seu favor, como os desejos por alimentos inusitados em horários impróprios.
A psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo afirma que os tais “desejos” são psicológicos e que podem ter efeito sob o pai também. “Alguns homens sentem enjoo e ficam sonados”, diz Maria Regina. Segundo ela, esta é uma forma de dividir com sua parceira o sentimento que no período é só dela. Para a mulher não sofrer depressão pós-parto, que pode se desenvolver por vários motivos, inclusive a dificuldade de aceitar o corpo após a gravidez, Maria Regina diz que “o trabalho de psicologia deve ser feito de forma preventiva”, com recomendação de consciência do corpo. “Precisa estar claro que, como precisou de nove meses para a barriga crescer, também precisará de tempo para o corpo voltar ao que era.”
As longas conversas e leituras infantis para o bebê, ainda na barriga, não têm fundo psicológico. Segundo Márcia Maria, depois do terceiro mês, o feto já pode ouvir o som. “É a questão da aceitação e do carinho. Tudo o que passa de positivo par a criança ajuda no processo de construção da sua personalidade”, conclui.
Compartilhar
Depois de tantos cuidados, a mamãe quer dividir suas emoções com pessoas que foram importantes nesse processo. Algumas entidades de saúde desenvolvem tecnologias que possibilitam partilhar esse momento. É o caso do Hospital São Luiz, que lançou, em abril, o “Nascimento transmitido via internet” —com imagens ao vivo—, e o da Maternidade Santa Joana, que filma o parto e depois disponibiliza a imagem.